Saturday, April 21, 2007

Eleições Francesas



Em certos aspectos este post encontra-se relacionado com o anterior. Não que esteja a fazer nenhuma propaganda pró-anarquista ou pró-comunista, estou simplesmente a fazer uma propaganda anti-nacionalista. Vamos ao que interessa, estamos em época de eleições em França, como candidatos temos: Olivier Besancenot (extrema-esquerda trotskysta); José Bové ("altermundista"); Jean-Marie Le Pen (extrema-direita); Nicolas Sarkozy (conservadores) Ségolène Royal (partido socialista); François Bayrou (União para a Democracia Francesa); Marie-George Buffét (comunista); Dominique Voynet (os verdes); Gérard Schivardi (partido dos Trabalhadores); Phillipe de Villiers ( Movimento pela França); Frédéric Nihous (partido Caça Pesca Natureza e Tradições); peço perdão se me esqueci de algum mas é que o número de candidatos às presidenciais de França são realmente uma coisa peculiar. Vejamos o excelente leque de alternativas que vão desde extrimistas de direita a defensores dos interesses dos caçadores, passando obviamente pelos ideários de Trotsky. Esta alternativa toda poderá ser um sinal de liberdade de escolha e de expressão, o que é bom, ou então poderá ser um sintoma de uma grave crise de identidade que o país está a atravessar, o que neste lado é algo péssimo. Entre esta lista de candidatos que parece não ter fim destacam-se Sarkozy que se encabeça as eleições com 30%; em seguida Ségolène entre 23% e 26%; Bayrou que se aproxima de Ségolène com pouco mais de 20%; Le Pen com 13%; todos os outros candidatos são creditados com menos de 3%. Sarkozy é sem dúvida o candidato favorito, de origem judáica prepõe a criação de um Ministério da Imigração e da Identidade Nacional; por outro lado Le Pen, o líder da Frente Nacional (FN), afirma-se contra a entrada de novos imigrantes em França, incluin portugueses, isto apesar de considerar Portugal como uma "nação irmã" (porque será?), isto além de referir que deverá ser a França a controlar as suas próprias fronteiras e não a Europa. Em relação a Ségolène, por muito bem intencionada que seja, é mulher e quer renorvar a esquerda tendo já sida acusada de deriva direitista. Telvez funcionasse noutro país, mas não na França, que há muito que esqueceu os valores da sua Revolução. Bayrou, a surpresa das eleições, quer acabar com a clivagem entre a direita e a esquerda. Por melhor que seja esta ideia, este professor de Letras com raízes modestas, peca por aplicá-las num país em cada vez mais a esquerda se afasta da direita, mas o certo é que a sua popularidade tem vindo a crescer. Num país conservador como a França é certo que ganhe Sarkozy, mas antes este que o, atrevo-me a dizer, senil Le Pen. Seria uma bela surpresa se Ségolène ou Bayrou ganhassem, mas uma jovem de mais, e outro é visionário demais. Além disso a França detesta surpresas. A Liberté, Fraternité et Égalité já lá vão...



Um por todos e... hum... como é que é o resto?


By Dartacan

No comments: