Tuesday, May 15, 2007


Peço desculpa por ainda não ter postado nada, mas eu sou uma dartadog muito distraída e muito ocupada atrás de mais dartadogs...

um por todos e...hum...como é k é o resto?


Dartadog

Monday, May 14, 2007

Chacina em Darfur



Por entre as regiões de conflito do globo destacam-se as do continente africano, se bem que qualquer uma delas é ofuscada pela saga petrolífera do Médio Oriente. No entanto não muito longe do Iraque, na fronteira entre a África branca e a África negra, surge uma região no Sudão, delimitada com fronteiras imaginárias, onde acontecem prolifera um dos conflitos mais sangrentos da actualidade, o Darfur. O conflito já vitimou mais 300 mil pessoas e já originou a fuga de 2 milhões de sudaneses para locais mais seguros, como por exemplo o campo de refugiados do Chade, um dos países vizinhos. Os rebeldes do Exército de Libertação do Sudão (SLA) lutam com contra vários inimigos em prol do Lebensraum (espaço vital). Metralhadoras contra tanques e bombas, a minoria contra a maioria. Por entre lutas ficam feridos, destroços, ruínas, a dor e a sede de vingança. A ONU disponibiliza ajuda através do Programa Alimentar Mundial, auxiliando os refugiados sudaneses, mas isso não chega, pois os conflitos continuam a deflagrar por toda a região do Darfur. É necessário intervenção de tropas ou acordos de paz que visem o interesse de ambos os lados. Em 2005, após António Guterres ter sido nomeado alto-comissário da ONU para os Refugiados, esperava-se um acordo de paz com o Sul e uma melhoria da situação, mas tudo continuou na mesma. A complexidade do conflito de Darfur deve-se ao facto de o Sudão ter fronteiras com muitos países – Egipto, Líbia, Quénia, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Uganda, Eritreia, Etiópia e Chade – o que faz com que haja interesses muito diversos e influências vindas de pontos muito distintos. Contudo, algo similar se passou com o Vietname e acabou por se resolver após a divulgação de imagens e a pressão da opinião pública americana sob a presidência. Demasiados ocupados em devastar o Médio Oriente e em lutar por causas imaginárias (a não ser a do petróleo que é bem real), países como os EUA que detêm uma influência enorme sobre a ONU, esquecem-se que existe um país no meio do continente africano, que por sinal é o maior do continente, que a cada dia que passa se dirige mais um passo para o precipício, deixando para trás um rasto de devastação e um cheiro a morte. Um conflito que passa de geração em geração através do ódio, da dor e da solidão e que parece não ter fim. Além de que em Darfur não haver poços de petróleo, não constam imagens de conflitos, imagens sangrentas como as que provieram do Vietname, mas um dia elas vão chegar e mais cedo ou mais tarde vai chegar ajuda internacional a Darfur. Esperemos é que não seja tarde de mais…

Um por todos e…hum…como é que é o resto?

Dartacan

Festival da EUROVISÃO: onde o pesadelo se torna realidade



No passado sábado realizou-se mais uma final do festival europeu da canção. Mais uma vez um leque de vários países desfilou apresentando a sua canção afim de escolherem a melhor de entre os 44 participantes. Até aqui nada de novo. Mas se bem se recordam a última edição do festival suscitou bastantes críticas devido aos vencedores, os finlandeses Lordi. Lembram-se? Aquele grupo de rock com máscaras ridículas, que pareciam as dos vilões dos Power Rangers, que cantavam “Hard Rock Aleluiah”? Já se lembram? Claro! Como poderíamos esquecer o espectáculo com que nos brindaram os aterradores Lordi. No entanto este ano parece que os gostos europeus mudaram de água para o vinho. Nesta edição quem venceu foi a Sérvia, com um estilo de música totalmente diferente, uma melodia pop, com uma voz bastante boa e com dançarinas mais vestidas que o habitual. Não me recordo do nome da vencedora e por isso peço desculpa a todos os sérvios, mas é difícil decorar nomes tão complicados. Entre imitações da Shakira no masculino; uma cantora pimba portuguesa com mais corpo do que voz, uns Green Day tirados dum caixote do lixo, quando nunca deviam ter saído; uns israelitas possessos que abanavam mais a cabeça do que cantavam; uns Il Divo na versão da terceira idade; uma música que apelava à luta contra a Sida isto quando no cenário se encontrava uma espécie de óvulo gigante onde se encontravam duas raparigas de vermelho e dois Drag Queens atados ao óvulo; destacou-se a Sérvia. Ora os seguintes na classificação eram países como a Ucrânia, a Turquia, a Bielo-Rússia, a Rússia, o Montenegro, ou seja, países de Leste. É certo que os países de Leste sempre tiveram grandes resultados neste festival, mas nos últimos anos têm vindo a ganhar maior afluência, isto porque se gera um sistema de votação em que aliados votam em aliados, ou em países simpatizantes. Coincidência ou não os primeiros seis lugares foram ocupados por países da ex – União Soviética. Contudo, isto não acontece somente com a Leste, o mesmo sucede com os nórdicos e com os ibéricos. O que fazer para travar isto? Talvez um novo sistema de votações, mas de qualquer forma não é o único problema do festival. O próprio público deixa algo a duvidar. Como se pode mudar tanto de opinião, num espaço de um ano? Como se muda de hard rock para uma pop melódica em doze meses? Ou a Europa atravessa uma grande crise de identidade ou o sistema de eleição da canção vencedora não é assim tão claro. Pressupõe-se que sejam sempre as mesmas pessoas a votar, pelo menos a maior parte, logo como é que alguém muda radicalmente de gosto em tão pouco tempo? No fundo isto são apenas as minhas teorias da conspiração e talvez a Sérvia não precisasse de vencer o festival numa fase em que, após a separação de Montenegro, se encontra tão frágil e necessita do movimento de capitais, possibilitado (por exemplo) através do turismo, mas não é este o caso, pois o festival da canção não gera lucros imensos nem bastante turismo, não, nada disso… Contudo isto não justifica o facto de Portugal ter uma prestação vergonhosa há anos, pois qualquer coisa é melhor do as Non Stop ou do que a Sabrina (com todo o respeito pois cada um tem de se safar como pode). Já que o público português que vota nas canções deixa um bocado a desejar que sejam profissionais do mundo do espectáculo a escolher, ou então que haja um júri e uma pré-selecção mais rigorosa e claro, mais divulgação, pois não faltam em Portugal boas vozes e pessoas que davam tudo para ir ao festival. Por enquanto ficas com o “dança comigo” da Sabrina, só que agora já ninguém dança.

Um por todos e…hum…como é que é o resto?

Dartacan